domingo, 24 de março de 2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

História social da Moda


O livro "História social da Moda" de Daniela Calanca cria uma ótima discussão sobre como e porque a moda foi se transformando ao longo dos séculos, e sua relação com a cultura local. Explica quando e como surgiu a moda e o que trouxe de benefícios para a sociedade. Discute-se o que foi ao longo dos séculos e o que ela representa hoje, e onde representa, pois de acordo com Daniela "só existe moda em sociedades cuja estrutura não é estática". Uma ótima dica para estudantes da área e curiosos mergulharem nesta incrível história, que modificou e influenciou muitas sociedades ao longo dos séculos e refletiu culturas totalmente diferentes, unindo ou afastando povos. 




segunda-feira, 18 de março de 2013

Tendências inverno 2013


Com o frio chegando, vale a pena relembrar as tendências do inverno 2013.

Retrô: Estampas geométricas e acessórios arredondados marcaram o desfile da Prada e da Miu Miu. 
Militar chic: O verde oliva divide a cena com o azul marinho, bege e branco. O novo militar tem um quê de anos 40, de Segunda guerra.


Novo masculino: Valoriza-se o estilo boyish com roupas de alfaiataria. Estilo muito visto nos desfiles de Juliana Jabour.

Burgundy: Cor inspirada nos vinhos de Borgonha, o vermelho burgundy está  em alta na estação.

Cowgirl: esse estilo muito presente nos desfiles de Isabel Marant torna-se mais urbano.  Total jeans, botas de cowboy e muitas franjas.

Preto: Nada básico, ele vem com peças mais elegantes. O total dark, mas não muito rockstar, está na coleção de Reinaldo Lourenço.

Transparência: Para não se tornar vulgar, a dica é fazer um jogo de “esconder e revelar”, as fendas são uma boa opção.

70’s: O boho chic cria um clima gipsy. A inspiração é Yves Saint Laurent na década de 70. Chapéu de filtro e calças flare sob vestido

Medieval: Depois do barroco, o clima dark da Idade Média é a inspiração do desfile Rodarte.

Looks monocromáticos: Conjuntos de apenas uma cor dominam a cena do inverno 2013. Apresentada principalmente pelas grifes Alexandre Herchcovitch, Colcci, Ellus e Vitorino Campos.











Look do dia

Street Style - foto por Jennifer G. 


sábado, 16 de março de 2013

Look do dia


Zuzu Angel: "Eu sou a moda brasileira"


Para quem não conhece a estilista brasileira Zuzu Angel (1921-1976), ou mesmo quem a conhece, vale a pena assistir o filme que conta a história de sua vida. O filme não é focado nas conquistas profissionais de Zuzu, mesmo não deixando de relata-las. O foco principal é a sua difícil trajetória e como ela utilizou a moda como meio de protesto contra a trágica morte de seu filho Stuart – revolucionário torturado e morto pela ditadura militar. A estilista utiliza seu amor materno e seu talento para fazer justiça e mostrar para o mundo o que a ditadura tentava esconder. Com desfiles-protesto e fazendo contato com pessoas influentes nos Estados Unidos, a estilista desvenda alguns dos muitos mistérios da “era negra brasileira”, mas quanto mais respostas eram reveladas, mais perguntas surgiam. A busca por explicações só cessou com sua morte, em abril de 1976, em um acidente de carro programado – uma das maneiras de calar quem queria dizer a verdade.
Um filme brasileiro, revelador e dramático, que ajuda a enxergar a magnitude da noite que durou 21 anos e mostra o tamanho poder de revolução que a moda pode ter. Estar na moda não é ser alienado.

                              Informações:


Ano, 2006 - Brasil
Direção: Sérgio Rezende



O Instituto Zuzu Angel:     
A filha de Zuzu, Hildegard Angel, fundou o instituto de moda Zuzu Angel, no Rio de Janeiro, em 1993. O instituto vida promover a moda enquanto livre expressão da cultura brasileira, preservando nossas raízes e resgatando nossa história.
http://www.zuzuangel.com.br/index.html






Trailer filme Zuzu Angel:







sexta-feira, 15 de março de 2013

Look do dia


SP Fashion Week

 Para quem ama os desfiles da Fashion week e não quer perder a cobertura do SPFW verão 2014 ,o programa GNT fashion, no GNT, vai cobrir o evento. Os desfiles iniciam na segunda-feira, dia 18/03. Como a cobertura do programa dura somente 1h, ela não é completa, e mostra somente os melhores momentos de cada desfile. O programa vai ao ar também na segunda, às 22h. Para quem quer acompanhar todos os desfiles em tempo real, fiz uma tabelinha para não perder nada!


Programação dos desfiles:
Segunda (18/03)
Terça (19/03)
Quarta (20/03)
Quinta (21/03)
Sexta (22/03)

                            
11h- FH por Fause Haten



12h- Adriana Degreas





15h- Fernanda Yamamoto
15h- Alexandre Herchcovitch


15h30- Acquastudio





16h- João Pimenta
16h- Amapô

17h- Animale
17h- Ronaldo Fraga


17h- Raquel Davidowicz



17h30- Juliana Jabour



18h- Água de Coco


18h30- Cori


18h30- Osklen


19h30- Fórum



20h- Tufi Duek

20h- Neon
20h- Samuel Cirnansck
20h- R. Rosner

21h- Ellus



21h30- Cavalera

21h30- Triton
21h30- Colcci
21h30- Lino Villaventura


quinta-feira, 14 de março de 2013

Dolce Milano

A coleção de inverno 2014 da Dolce & Gabbana -  apresentada no Milão Fashion Week - surpreendeu a maioria dos críticos de moda, assim como os espectadores. Contendo os elementos clássicos da grife - renda preta, bordados, muito dourado e referência ao catolicismo - a coleção trouxe também um pouco da moda britânica para o desfile, com conjuntos em tweed e padronagem xadrez, mas obteve maior impacto em seu Grand Finale: uma sequência de looks vermelhos dignos da nobreza da idade média. As estampas foram produzidas influenciadas pelos mosaicos da catedral Monreale, localizada na província de Palermo, Sicília. Os acessórios deram um toque final à coleção - óculos escuros com maxi armações, brincos dourados e coroas cravejadas evidenciaram a referencia às rainhas da idade média.





Look do dia

    Detalhe para o chapéu 70's e para meia calça trabalhada.


quarta-feira, 13 de março de 2013

Look do dia


Habemus roupas


A família Gammarelli abastece boa parte do guarda-roupa do papa há mais de 200 anos, desde Pio XI. Hoje, o negócio familiar é mantido por Lorenzo Gammarelli, representante da sexta geração de alfaiates. Quando um conclave acontece, a família é responsável por confeccionar a roupa com a qual o novo papa será apresentado aos fiéis. Como não se sabe quem será o escolhido, ou seja, gordo ou magro, alto ou baixo, são confeccionados três tamanhos de roupa. As peças são enviadas ao Vaticano, e quando o Santo Padre é eleito, os últimos ajustes são feitos por alfaiates do Vaticano, e não pelos confeccionadores Gammarelli - tudo para garantir o sigilo sobre quem é o novo pontífice. As roupas – que já estão prontas- consistem em uma bata branca de lã com 33 botões, um manto de veludo vermelho com suporte de pele, cinto e sapatos vermelhos terceirizados e o solidéu.

Para entender melhor, há três tipos de vestuário papal:

Traje comum: É a roupa usada no dia-a-dia. É um tipo de bata branca, que é usada com uma faixa branca com o brasão papal e um cordão amarrado na cintura - como os que eram usados pelos algozes de Cristo.  Usa-se um sapato vermelho, que significa o sangue de todos que morreram pela igreja.
Traje ordinário: Traje usado em cerimonias oficiais e encontros políticos. Consiste em uma bata, também branca, que possui 33 botões, que significam os anos de vida de Cristo. Com esta roupa, o papa usa uma estola cor de vinho, bordada em dourado, um cordão de lã pendurado no pescoço, que se chama pálio e representa a união do papa com a igreja, e um manto vermelho nos ombros, chamado mozeta, que simboliza a autoridade espiritual.
Traje solene: É um traje usado em missas solenes e beatificações. Neste traje, a bata branca fica escondida sob a casula, um manto com uma grande cruz bordada nas costas. Usa-se uma estola branca com símbolos litúrgicos; um cajado, que chama-se báculo e simboliza a pessoa do pastor que guia seus fiéis; e um chapéu, conhecido como mitra. A mitra é o símbolo máximo do poder papal, pois aponta para Deus- é pontudo e bordado com fios de ouro.
Traje do papa emérito: Quando um papa renuncia, no caso de Bento XVI, ele não pode mais usar as mesmas vestimentas. Ele passa a usar um traje branco, com sapatos marrons e o solidéu muda de cor – de branco para roxo, a cor usada pelos bispos. O papa continua a carregar o crucifixo no peito.


terça-feira, 12 de março de 2013

Elle Summer preview 2014


No ultimo sábado (09/03), aconteceu a segunda edição da Elle Summer Preview 2014, em São Paulo. O desfile contou com a presença dos maiores estilistas brasileiros de beachwear. O evento aconteceu com o intuito de mostrar uma prévia para o verão 2014 e deixar as amantes do verão com água na boca!
Dicas: deixar o fio dental de lado e aderir à moda anos 50. Para as saídas de banho, a novidade é deixar a barriga de fora, seja com camisetas curtas ou com camisas amarradas – meio tropicaliente. As estampas com maior destaque são a tigresa e o branco.

Adriana Degreas - inspirado na década de 20, sem estampas

Blue Man – década de 70, muito branco!



Água de coco- estampas inspiradas no Brasil.

Lenny- coleção minimalista e geométrica, apostou no preto e branco.



Cia marítima- estampas étnicas, principalmente o tigresa.


Movimento – estampa tigresa.


Salinas – buscou inspiração nos anos de ouro de Brigitte Bardot, década de 60.


Triya – com estampas em alto, o foco foi tornar a praia um ambiente mais urbano.


Mais informações no site:
http://elle.abril.com.br/elle-summer-preview
Fotos:
http://elle.abril.com.br/materia/elle-summer-preview-confira-todos-os-looks-apresentados-no-desfile


segunda-feira, 11 de março de 2013

A masculinização da mulher pós-moderna.


           Não por opção, mas por necessidade, o vestuário da mulher contemporânea torna-se cada vez mais parecido com o do homem. Desde a primeira guerra mundial, a mulher teve de assumir um papel muito masculino – respeitando conceitos da época. Pela ausência do marido ela deixou sua casa para trabalhar. A partir daí seus hábitos mudaram, e, acompanhando esta realidade, seu vestuário também. Saias mais curtas, a queda do espartilho e tecidos mais confortáveis e duradouros invadiram a moda da época – estilo muito influenciado pela revolucionária Chanel. A partir daí a moda feminina nunca mais foi a mesma, e tão pouco as mulheres.
            Talvez pela história ou por hábitos sociais, feminino e firme não se encaixem na mesma frase. Temos a impressão de que para nos tornarmos fortes e respeitadas devemos trocar os babados por terninhos e as sapatilhas pelo salto. Infelizmente, apesar de todas as mudanças e conquistas, é isso que acontece.
  A presidente é um exemplo prático desta realidade da profissional feminina. Para assumir o “comando” do país, ela teve de cortar o cabelo e aumentar as ombreiras, uma maneira de passar mais confiança aos eleitores. Por outro lado, a feminilidade não foi perdida, ou seja, um difícil empate.
             Nossos babados e delicadas pérolas não conseguem provar a força de uma mulher. Se analisarmos a história mundial, quase sempre fomos banalizadas por nossa fraqueza ou nossa extrema sensibilidade. É claro que o os maiores feitos mundiais não foram realizados por mulheres – um belo argumento para qualquer machista. Contudo, se consideradas todas as proibições às quais fomos expostas é realmente impossível que mulheres conseguissem realizar grandes – ou mesmo pequenos – feitos: proibidas de ler, estudar ou de simplesmente expor seus ideais – fato que perdura até hoje em alguns lugares.
             É uma honra poder contar aonde chegamos e o que conquistamos, porém, apesar de pós-moderno, o mundo parece não estar preparado para confiar em babados, e continuamos precisando modificar nossa aparência para receber méritos por nossas realizações. É como se escondendo nossas curvas e nosso sorriso meigo e confiando a força a um blazer e a um par de saltos pretos estivéssemos nos modificando também internamente.

A moda como meio de persuasão e influência


Ao vestirmos certa roupa ou determinada cor, passamos uma imagem a quem nos observa. Quando estamos felizes, vestimos algo mais suave e alegre; já quando entristecemos usamos algo mais sóbrio e fechado, como quem diz “não estou disponível para conversas”. De certa forma, mesmo que inconsciente, captamos a mensagem passada por meio do vestuário e formamos uma opinião sobre quem estamos observando.
A moda reflete o caráter, os acontecimentos pessoais e os fatores externos – políticos e sociais. Por este meio de expressão corporal percebe-se o humor diário de qualquer pessoa. Com o look certo conquista-se o mundo ou deixa-o escapar pelas mãos.
Ao nos vestirmos, nosso inconsciente deixa tudo transparecer.  Aí esta a grande importância da moda: não mais se veste para a identificação da classe social – como acontecia até o começo do século XIX, e sim, para apresentar-se aos outros como realmente queremos ser vistos.